Francisco Tárrega, a requinte de um mestre do violão

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Francisco Tárrega nasceu em Villarreal, Espanha em 1852 e morreu em Barcelona em 1909 com a idade de 57 anos.

Como acontece muitas vezes em casos de grandes mestres virtuosos do violão, ele começou a tocar ainda pequeno, só que ao contrário de outros o que o levou a ser um grande mestre do violão clássico foi um acidente aos 3 anos de idade, em que ele caiu em uma vala de água contaminada e pegou uma infecção no olho, deixando com a visão limitada.

Sua família mudou-se para Castellon e aí que tudo começou, instruído por seu pai a aprender violão para que tivesse um meio de vida e um pouco mais tarde por Manuel Gonzalez, conhecido como "O cego da Marina" chamada assim por ser deficiente visual, ele dedicou-se muito.




Um prodígio do violão clássico

Com 10 anos já tocava com Julian Arcas, o melhor professor e mais valorizado compositor da época (Na Espanha tem uma competição que leva seu nome). Isto para ouvir convidados que recebiam aulas particulares com ele em Barcelona e, logicamente, tornou-se a maior influência de Francisco Tárrega.
Em Barcelona ele ia visitar bares e cafés onde muitos clientes ficavam espantados com sua habilidade, depois mudou-se para Valência onde também estudou piano e começou a ter alguma fama entre os mais ricos da localidade.

Em Sevilha, Antônio de Torres renomado luthier, deu-lhe o seu melhor violão, e dali acabou indo para Madrid onde teve aulas no Conservatório de Emilio Arrieta. A partir daí sua fama se espalha e começa a fazer shows em todo o mundo e todos os que o ouviam rendiam-se ao requinte e bom gosto de suas composições. Não era difícil vê-lo com grandes gênios da época como Isaac Albeniz, Federico Chueca e Ruperto Chapí, alguns mais conhecidos por seus bairros e ruas que por suas obras.

Após a morte de sua filha, Tárrega foi viver em Barcelona, onde ficaria até sua morte em 1909 totalmente dedicado ao estudo do violão e dando aulas, ali também nasceram suas melhores composições, inclusive sua obra-prima do violão trêmulo "Recuerdos de la Alhambra".

Tárrega é para muitos o homem que mudou o estilo do violão clássico, refinou sua técnica até o limite e explorou continuamente toda a gama de timbres que foi capaz de tirar do instrumento. Deixou seu próprio legado musical de uma figura eterna com obras como Lágrima, Capricho Árabe, fantasia, sueño e a famosa Gran Vals, que é uma das melodias mais conhecidas do mundo por ter sido adotada como toque padrão dos telefones Nokia. (saiba mais)              

VEJA ESSE ÁLBUM DE PARTITURAS DE FRANCISCO TÁRREGA


Nesse material estão contidas mais de 200 partituras de suas grandes composições. Em 2016 completou 50 anos do concurso Benicassim que leva seu nome.
Quem não gostaria de tocar uma guitarra clássica como Francisco Tárrega? Esta é a pergunta que contém todas as respostas. 

SUA MÚSICA NA PRÁTICA

Logicamente, não podemos deixar de ouvir as obras de concertos realizados por atuais intérpretes de sua obra.

Recuerdos de la Alhambra interpretado por Narciso Yepes


A preciosidade da Capricho Árabe por Tatyana Ryzhkova



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